Portugal deve manter "ambição reformista"

Na primeira reacção de um dos membros da troika, à decisão do governo de concluir o programa de assistência financeira sem recurso a uma linha de crédito cautelar, Bruxelas alerta par "desafios importantes" e defende a manutenção das "reformas na economia"
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Na nota assinada pelo comissário Sim Kallas, Bruxelas considera que o país tem ainda "desafios importantes pela frente", sugerindo a manutenção "do nível de ambição para reformar a economia", considerando que tal é "de extrema importância para garantir e ampliar o sucesso do programa a médio e longo prazo, de modo a proporcionar um crescimento mais forte, mais sustentável e mais e melhor postos de trabalho".

"Eu sei que as autoridades portuguesas avaliaram cuidadosamente todos os parâmetros relevantes da situação económica e financeira do país, antes de tomar a decisão", afirmou o comissário, o qual salientou que "no início da semana, a 12 ª e última missão de revisão do programa Português, concluiu que o programa continua no bom caminho e apresentou uma clara evidência do impressionante progresso alcançado ao longo dos últimos três anos, através dos grandes esforços e sacrifícios por parte dos portugueses".

Numa referência aos objectivos do programa, Dim Kallas afirma que "durante os últimos três anos, a conta corrente externa passou de um grande déficit para superávit, o défice orçamental foi reduzido a menos de metade, e o acesso aos mercados de dívida soberana tem melhorado significativamente".

"Além disso, Portugal está a experienciar uma recuperação económica moderada e o desemprego está a ser reduzido, através da melhoria da competitividade, da estabilidade financeira e da consolidação das contas públicas", refere no comunicado.

"A Comissão Europeia toma nota desta decisão e, como afirmado anteriormente, mantém a vontade de apoiar as autoridades e do povo português nesta escolha soberana", lê-se no comunicado.

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